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Para odiar será necessário que você

desvalorize sua própria vida.

 

 

Tomado por ódio você será como a rã diante da

serpente: a qualquer momento um bote será fulminante.

 

 

Será preciso que você não se importe com seu coração,

deixando-o de portas abertas para moléstias.

 

 

Você deverá optar por viver em absoluta confusão

mental, como aquele que dorme e acorda sob constantes

barulhos.

 

 

Deverá tornar-se surdo para suaves melodias,

escolhendo viver ao som das grosseiras vozes das idéias

fixas de vingança.

 

 

Precisará estar disposto a ter os músculos sempre tensos

e doloridos, bem como uma insistente pressão no peito.

 

 

A alegria, para você, deverá ficar em segundo plano,

e será indispensável que você consiga conviver

com energias que favorecerão a sua queda dia após dia.

 

 

Será mais do que necessário que você não se importe

com beleza, pois de forma gradativa seu olhar irá

ficando duro, sem brilho, e seu rosto cada vez mais feio.

 

 

Aquela " dorzinha " de estômago vinda de alimentos mal

digeridos deverá ser esperada de uma hora para outra.

 

 

A luz do sol e as cores não lhe parecerão tão vivas e

você terá sempre a impressão de estar vivendo sob luz

artificial.

 

 

Um dia você perceberá que crianças e animais não

estarão simpatizando com você : eles são seres

altamente sensíveis a vibrações de baixo astral, tão

próprias de quem odeia.

 

 

Nenhum tipo de oração surtirá efeito, pois no ódio as

orações se perdem como se perdem as crianças num

campo de guerra.

 

 

Nesse meio tempo o " alvo " do seu ódio estará levando

a própria vida e você estará , tão insensatamente ,

destruindo a vida que tem.

 

 

Odiar é ter um conta gotas inesgotável,

pingando veneno no sangue.

 

 

Odeie se for capaz.

 

 

 

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