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Esvaziei-me enfim de meus versos

A voz que os ditava emudeceu

Transmutei em prosa a tua ausência

E tudo que a saudade escreveu.

Não restou-me fase venturosa

Não restou sequer inspiração

Restou-me estiagem tenebrosa

E o vazio que habitou meu coração.

Tornei-me poça d'agua isolada

Carente da luz do sol e d'outra poça

Desfez-se o arco-íris vívido das rimas

Desfez-se a arte da poeta abandonada.

Que me venha novo amor e seja vida

Que me fale de afeição correspondida

Que me venha a arte colorir a lida ...

Que me venha novo amor e seja forte

Que me encante e possa se tornar meu norte

E que não seja da poeta, a morte!

 

Autora do Livro "Momentos Catárticos

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12/10/2003